domingo, 8 de janeiro de 2012

Drive


Numa altura em que quase todos estavam colados ao clássico entre leões e dragões, resolvi, em boa hora, ir ao cinema. 2012 começou em grande porque assisti a um excelente filme. Tenho a certeza que daqui por 12 meses, quando fizer a minha listagem dos melhores deste ano, "Drive - Risco Duplo" vai lá estar.
A obra dirigida pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn, que conquistou o prémio de realização em Cannes, é um portento em vários sentidos. Estão a ver aqueles filmes em que tudo parece estar no lugar certo? Este é um desses casos. O genérico parece ter sido retirado de um filme dos anos 80, a banda sonora retro é cool, as câmaras lentas são usadas com parcimónia e sempre que surgem dão força às imagens.
Há filmes que nos ficam na retina por uma ou outra cena. Em Drive são várias as que prometem acompanhar-nos durante muito tempo: a fuga inicial - em que nos são dadas a conhecer as capacidades exímias do protagonista na condução de automóveis -, os olhares de Ryan Gosling e Carey Mulligan, a cena no elevador (elejo-a como a melhor), as personagens que vão tombando numa autêntica história de ultraviolência...
O protagonista não tem nome - é apenas o driver - e Gosling é brilhante a dar-lhe vida. Todo o restante elenco, em especial Albert Brooks, é excelente e dá o seu melhor num filme, repito, que tem tudo no lugar certo... até o palito do anti-herói é cool.
Refira-se que além de Drive, o multifacetado Ryan Gosling fez "Amor, Estúpido e Louco" e "Nos Idos de Março" em 2011 e prova, aos 31 anos, que os seus desempenhos em "Half Nelson - Encurralados" (2006) e "Blue Valentine - Só Tu e Eu" (2010) eram apenas uma amostra do talento existente por detrás do sex symbol.

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