segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

J. Law



Deixa lá Jennifer, és linda de qualquer maneira

aqui confessei ter um (grande) fraquinho por Jennifer Lawrence.
Mesmo tropeçando e caindo - como aconteceu esta madrugada ao receber o Óscar de Melhor Actriz Principal - continuo a achar que a actriz, de 22 anos, ofusca a concorrência onde quer que apareça, independentemente do trapinho que esteja a usar.
Se acontecer com Jennifer Lawrence o mesmo que com muitas outras actrizes, que estão melhores (em todos os sentidos) aos quarenta anos do que aos vinte, nem consigo imaginar no mulherão que será daqui a uns anos.
O prémio ganho ontem por "Guia Para Um Final Feliz" faz de Jennifer Lawrence, de 22 anos, a segunda mais jovem actriz a vencer o Óscar principal de representação feminina. Não era a minha favorita, mas a Jennifer é a Jennifer, por isso, fiquei contente.
Refira-se que o record da actriz mais jovem galardoada continua a pertencer a Marlee Matlin que, na década de 80, com 21 anos, bateu a concorrência com o seu desempenho em "Filhos de Um Deus Menor".

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Em estágio


Hoje fiz uma espécie de estágio para a noitada dos Óscares ao sair da sala de cinema às 02h30!
"Lincoln" é o filme com mais nomeações aos Óscares, é bom e Daniel Day-Lewis é (como sempre) assombroso, mas não vou torcer pela obra de Spielberg na cerimónia que decorre dentro de algumas horas.
A ZON ofereceu-nos um bilhete duplo para ver qualquer um dos filmes nomeados para o Óscar de melhor filme. Só nos falta "Bestas do Sul Selvagem". Lá teremos de fazer o sacrifício de ir hoje, outra vez, ao cinema, mas, desta vez, a horas mais apropriadas.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ó diabo!



É melhor ficar por aqui não vá o diabo tecê-las!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Só faltam dois


Para pôr a filmografia oscarizável em dia, antes da cerimónia em que a Academia premeia as melhores obras de 2012, vou tentar ver estes dois filmes até à madrugada da próxima segunda-feira.



"Bestas do Sul Selvagem", de Benh Zeitlin



"Lincoln", de Steven Spielberg

DICA
A ZON Lusomundo tem este fim-de-semana uma campanha catita.
Os clientes myZONcard que forem sábado ao cinema recebem um bilhete duplo para assistirem, no dia seguinte, a um dos nove filmes nomeados na categoria de melhor filme. Mais info aqui.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tabletes só de chocolate


"Estado de Guerra", de Clara Ferreira Alves, reúne mais de uma centena de textos da autora publicados nos útlimos anos.
Como é natural, não concordo com algumas das suas opiniões, mas sou um admirador da sua prosa.
Estou quase a terminar o livro e não resisto a partilhar uma das crónicas, publicada em 2011, da criadora de "Pluma Caprichosa" no semanário Expresso.





TABLETES SÓ DE CHOCOLATE

Tabletes só de chocolate. Sou do papel não sou do iPad. Gosto de tudo no papel. Da textura macia, do cheiro que lembra cheiro de coisas por estrear. No papel acontecem as palavras. Mesmo que escreva num computador preciso do print para corrigir, para ler o texto. No computador, os olhos criados por livros não conseguem ver a folha, a esquadria, a tensão da frase, o recorte da pontuação. Gosto do papel dos livros novos, acabadinhos das impressoras, gosto do papel amarelado rugoso dos livros velhos, onde se encontra ao virar da página um bilhete para a ópera ou para o teatro, um apontamento, foi há 20 anos, onde é que eu estava nesse dia? E com quem?, e o bilhete vira Madalena de Proust. O papel sabe a memória.

Sei os livros que levei para aqui, os que deixei esquecidos num avião, num banco, num quarto de hotel, os que perdi. Sei os livros de que gosto muito. E gosto de revistas lustrosas nunca lidas, nunca folheadas, à espera que as dedilhe pela primeira vez. Gosto de jornais de Sábado com o pequeno-almoço, onde começo por ler as pequenas antes das grandes, onde criei hábitos de leitura, rubricas, colunas, gente que escrever como eu. Gosto das surpresas das notícias, gosto dos broadsheets, que se encarquilham e mascarram os dedos, gosto dos suplementos e das revistas, gosto de regressar a um jornal como quem regressa a um amigo. Não tenho prazer em ler uma revista num iPad, não me dá gosto o touchscreen. Acho o nome iPad, com as maiúsculas e as minúsculas exibicionistas, uma vaidadezinha. Que interessa? Ipad? iPad? IPAD? Não preciso de fotografias cinematográficas, preciso de lustro e de sombra, preciso de as sentir como matéria, substâncias tácteis que vão-se amachucando e envelhecendo nas minhas mãos. Não quero ecrãs nem três dimensões. Gosto das duas dimensões, gosto de larguras e comprimentos, gosto dos jornais que esvoaçam num de vento como papagaios. Gosto do virar da página e sei onde estão as coisas.

Não quero ler o Guerra e Paz num iPad, muito menos no Kindle. Quero ler o Guerra e Paz na minha velha edição de bolso, com pontas dobradas em pequeníssimos triângulos da usura do tempo, com os bordos comidos pelos dedos, a capa original, as centenas de folhas finas que tornam a leitura na cama um pouco mais difícil porque o livro é pesado. Gosto desta dificuldade. Do peso dos livros. Gosto de sair de casa com um livro ou uma revista dentro da mala para o caso de ter de entreter o tédio num desses departamentos da vida quotidiana onde somos obrigados a esperar. Um Kindle precisa de bateria e tem umas horas de autonomia. Horas? os livros e revistas de papel têm a autonomia da eternidade. Gosto de bibliotecas. Gosto de arquivos. Gosto de fotografias de papel. Quem guarda mails? Não quero um texto, quero um livro. Não gosto da civilização descartável.

Sou do papel e do papel serei. Cada vez que me falam na morte do papel revolto-me. Nada pode substituir um bloco de notas quando tenho uma ideia. Onde guardo eu uma ideia ni iPad? Não sei como guardá-las lá dentro, rodeada de informação, ícones, visualizações, propostas, truques. Quando vou pela ideia, perdi-a. Esfumou-se. A minha ideia gosta de ser passada a lápis. E não me falem em blackberries e outras berries nem em iPhones, acho tecnologia a mais para um pobre telefone. Não contribuo muito para o mealheiro de Steve Jobs.

Não concebo um mundo digital sem papel, e se ele vier intergrarei as seitas reacionárias que usam matérias proibidas. Entre o dano das árvores abatidas e o dano da terra rara, para não falar na pluição dos cemitérios tecnológicos, prefiro a morte de árvores. O papel é reciclável.
(...)


in "Estado de Guerra - Dez anos de prosa", de Clara Ferreira Alves, pp. 413-415

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Top Gear


Puro entretenimento com carros pelo meio

Estão a ver aquelas pessoas que lêem todos os artigos sobre desporto automóvel? Que não perdem um Grande Prémio de Fórmula 1 na televisão? Que discutem de forma acesa sobre as qualidades de Prost e Piquet? Que sonham ter (ou, vá lá, conduzir) um Porsche ou Ferrari?
Eu não sou, seguramente, uma dessas pessoas. Nunca fui um apaixonado por automóveis.
Lembro-me de o meu irmão - "o do meio" - ficar tardes inteiras a assistir a uma corrida de carros às voltas num autódromo, de comprar revistas da especialidade, de ser (ainda hoje é um bocadinho) louco por carros.
Para mim, carro é sinónimo de electrodoméstico.
Sempre que os meus amigos ou colegas falam de carros, remeto-me, humildemente, à minha condição de observador. Esforço-me por mostrar algum interesse sobre o tema, tarefa que quase sempre falho.
Levar o carro à oficina e transmitir ao mecânico qual o problema da máquina só não é uma aventura porque tenho a sorte de ter uma pessoa na família que é doutor na especialidade automóvel.
Quando o mecânico faz o diagnóstico da avaria e me fala em nomes de peças e afins é como se começassem a tentar estabelecer comigo uma conversa em farsi. Não estou a exagerar! Mais do que ver o nível do óleo ou verificar a pressão dos pneus é, sem rodeios, pedir muito.

Como pela boca morre o peixe, descobri recentemente um programa na televisão - graças a uma conversa com dois colegas - sobre automóveis que conseguiu, numa semana, a proeza de deixar-me ficar mais do que cinco minutos a ver uma série sobre carros.
Pelo título do post, já deu para perceber que se trata de "Top Gear", série da BBC que passa no canal Discovery.
O grande trunfo de "Top Gear", que já tem uns anitos, mas que só agora descobri, é a forma como está escrita e o talento dos apresentadores Jeremy Clarkson, Richard Hammond e James May, uma espécie de triunvirato (repararam na forma subtil como evitei a expressão troika?) à la Monty Python. Como está bom de ver, os senhores, que sujeitam as máquinas a duríssimos testes, não têm papas na língua e fazem-no com imensa piada. Um programa top - nunca pensei dizer isto - sobre carros.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Para entendidos e curiosos


Cartaz comemorativo da 85.ª edição dos Óscares. Olly Moss foi o criador das imagens que aludem a cada uma das obras vencedoras do prémio de melhor filme em em cada uma das 84 cerimónias da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas realizadas até ao momento.


Para ver em HD clicar aqui.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Amor e muito mais


Amor e dor são indissociáveis neste filme extraordinário

Vi mais uma das obras que estão nomeadas para o Óscar de melhor filme (falta ver dois dos nove nomeados): "Amor", de Michael Haneke. O filme provoca um misto de sentimentos. É sensível e é duro. É ternurento, mas, ao mesmo tempo, doloroso. Um autêntico murro no estômago. A felicidade de um casal octogenário é abalada por um acidente cardiovascular. O amor é testado pela dependência e demência progressivas. O filme aborda o tema da velhice e a consciência da morte.
Michael Haneke, que ganhou com este filme a Palma de Ouro na última edição do Festival de Cannes, está nomeado para o Óscar de melhor realizador e argumentista. Sem beliscar os méritos de Haneke, "Amor" deve quase tudo aos actores Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Os protagonistas do filme são portentosos a desempenhar o casal constituído por Georges e Anne, respectivamente.
Com este filme, a francesa Emmanuelle Riva - que há poucas horas bateu a concorrência nos BAFTA ao conquistar o troféu de melhor actriz - fez história ao tornar-se, aos 85 anos, a mais velha intérprete a ser nomeada para o Óscar. A 24 de Fevereiro, dia em que se realiza a cerimónia da Academia, Riva celebra 86 anos. Apesar de pouco provável, o Óscar seria uma prenda justa por um papel dificílimo e tocante. Por falar em (in)justiça, o seu co-protagonista (Jean-Louis Trintignant) tem uma prestação merecedora de todas as distinções, mas a Academia, incompreensivelmente, assim não o entendeu.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Chá com scones


aqui vos falei na Casa de Chá "Terra de Sabores", espaço muito acolhedor localizado em Vila Nogueira de Azeitão. Ao contrário da ocasião anterior, em que outro facto me concentrou a atenção (têm mesmo de clicar no link para saber mais), desta vez fiz umas fotos.
Uma espécie de brunch aconchegou-nos (e de que maneira) o estômago para um dia de (quase) dolce far niente e alguma rambóia. Os scones, garanto-vos, são de comer e chorar por mais. Tentações não faltam por lá e não me refiro apenas a iguarias adocicadas.


Um espaço onde apetece estar


Já comia um (ou dois, vá)


Os canitos não foram esquecidos, mas ficam à porta

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Quase, quase


Dia 13 vai ser um fartote na FOX.


"The Walking Dead", 22 horas


"American Horror Story", 23h15

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Tentações pré-almoço


Fazer a ronda pelo Facebook antes de almoçar pode não ser grande ideia.
As tentações surgem em imagens apelativas na pior hora.
A sorte do peixe cozido (e minha) é que não estou em Lisboa!

Eric Kayser

A Padaria Portuguesa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

"Sócrates, o Primeiro Ministro dos abortos e dos maricas"


Estava a folhear a edição de hoje do jornal "O Setubalense"...



Os "parabéns a Miguel Sousa Tavares", numa crónica denominada (ironicamente, digo eu!) "Partilhar enriquece", captaram a minha atenção...



Chamo a atenção para as últimas quatro linhas (na coluna central) da imagem que se segue



Não posso deixar de fazer um zoom da foto do autor do texto. Em três palavras: IN-CRÍ-VEL!


O senhor padre termina o texto com a expressão "disparates em português". Na mouche!

Django. The D is silent.


I like the way you die, boy.

Depois do magnífico "Sacanas Sem Lei", Quentin Tarantino presenteia-nos com "Django Libertado".
É violento? É. É sangrento? É, claro. Só alguém muito distraído e ingénuo poderia entrar na sala de cinema a pensar o contrário.
Para minha felicidade, o argumentista e realizador do (aparentemente) insuperável "Pulp Fiction" prova que não perdeu o jeito.
Imagens marcantes, diálogos acutilantes, sentido de humor sui generis e um elenco fabuloso são pontos fortes num filme sobre escravatura em jeito de western spaghetti.
Jamie Foxx (o escravo Django que é libertado) e Christoph Waltz (o caçador de recompensas que o liberta) são os extraordinários protagonistas da história. Os actores secundários dão uma preciosa ajuda na composição das personagens escritas por Tarantino. Samuel L. Jackson (fabuloso), Leonardo DiCaprio e Don "Acção em Miami" Johnson também dão o seu precioso contributo.
Quentin, se me estiveres a ler, deixa-te de Kill Bills [li algures que estás com a ideia de fazer um terceiro filme] e faz - agradeço antecipadamente - mais Djangos, Basterds, Pulps, Reservoir Dogs e Jackie Browns. Boa?